Aumentou para quatro o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram com o relator, ministro Luiz Fux, para que o número de deputados federais para as Eleições 2026 permaneça o mesmo das eleições de 2022. O tema é alvo da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 38 no STF. A intenção é adiar a reforma na distribuição de cadeiras da Câmara dos Deputados, em discussão no Congresso Nacional.
Já haviam acompanhado o voto do relator Fux os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. Agora, perto das 17h, votaram também com o relator a ministra Cármen Lúcia e o ministro Nunes Marques.
Pela recontagem, a Paraíba perderia duas vagas de deputados federais e teria reflexo na Assembleia Legislativa da Paraíba. Essa recontagem está sendo adiada, pelos caminhos da votação no Supremo, para 2030.
Revisão de cadeiras na Câmara
Em agosto de 2023, o STF, ao julgar o mérito da ADO 38, reconheceu a demora do Congresso em editar uma lei complementar para revisar o número de deputados, conforme prevê a Constituição. A decisão deu prazo de dois anos para que fosse aprovada lei sobre a distribuição de cadeiras na Câmara.
Em junho deste ano, foi aprovada uma lei que fixou em 531 o total de deputados federais a serem eleitos em 2026 e estabeleceu novos critérios para a distribuição das vagas. No entanto, o texto foi integralmente vetado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em julho.
Anualidade eleitoral
Por esse motivo, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, pediu que o STF reconheça que o Legislativo cumpriu a decisão na ADO 38 e que seja mantido para as eleições de 2026 o mesmo número de vagas na Câmara dos Deputados. O objetivo é garantir a segurança jurídica e o princípio da anualidade eleitoral, que exige que as regras das eleições sejam definidas com um ano de antecedência. Em 2026, o primeiro turno das eleições será realizado em 4 de outubro.
Na liminar, o ministro Fux observou que, como o veto ainda não foi apreciado pelo Congresso, o processo legislativo permanece inconcluso. Ele explicou que, diante da proximidade das eleições de 2026 e da necessidade de segurança jurídica e de respeito ao princípio da anualidade eleitoral, é necessário suspender os efeitos da decisão original do STF até que o processo legislativo seja concluído. Isso permitirá que seu resultado seja aplicado, “com segurança e clareza”, a partir das eleições de 2030.
Com isso, a composição da Câmara dos Deputados continua a mesma de 2022, com a atual proporcionalidade de representação entre os estados.
Para que a deliberação do STF seja concluída antes da incidência do prazo da anualidade eleitoral, o relator pediu à Presidência do STF a realização de sessão virtual extraordinária do Plenário, para referendo da liminar.
Leia a íntegra da decisão.
ClickPB com informações do STF
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