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“O STJ foi feliz na decisão tomada que sinaliza a relativização de uma prova colhida de uma pessoa no cárcere”, afirma Jeová

Após tomar conhecimento da decisão de hoje (18), da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que por um placar de 4×1, decidiu que o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), responderá em liberdade ao processo instaurado contra ele na Operação Calvário, o deputado estadual e advogado, Jeová Campos, disse que o STJ tomou uma decisão à luz do Código de Processo Penal. “Essa decisão foi extremamente feliz e coerente com a interpretação mais firme, não só do próprio Superior Tribunal de Justiça, mas também do Supremo Tribunal Federal”, disse ele.
No entendimento de Jeová, essas delações de pessoas presas são, de certa forma, elementos para um processo, mas não para formar a convicção. “Essas delações premiadas não podem decidir um julgamento em caráter definitivo. A colaboração premiada de uma pessoa solta, tem que valer muito no processo, mas a delação de uma pessoa presa precisa ser encarada de forma diferente, porque à ela foi negada a liberdade e isso faz toda a diferença, e ela não pode ser recebida como prova absoluta, como querem alguns do Ministério Público e da Magistratura”, argumenta ele.
O STJ, na opinião de Jeová, tomou a melhor decisão e, neste sentido, ficam agora os réus com todas as condições de produzir uma defesa que garanta um resultado justo. “Eu advogo, aqui e em qualquer lugar, que qualquer processo ou réu que tenha uma acusação contra ele, seja ela qual for, leve, grave ou gravíssima, é necessário que se tenha um juízo imparcial, um Ministério Público como agente da sociedade e também fiscal da Lei e não como parte de um instrumento político”, reiterou Jeová, lembrando que essa decisão do STJ é uma relativização de uma prova colhida de uma pessoa no cárcere.
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