O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e seus aliados têm criticado durante o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) a quem classificam de moroso por ainda não terem concluído julgamentos de ações que pedem a cassação do governador Ricardo Coutinho (PSB). Alguns mais exaltados chegam a questionar a honestidade da Corte Eleitoral. O senador vai, inclusive, fazer uma live (transmissão ao vivo pelas redes sociais) para falar sobre o caso e deve reiterar as acusações contra o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.

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O que Cássio, nem seus aliados, falam, nem vão falar, é que não acham tempo demais, uma ação esperar dez anos para ser julgada e não ser. Me refiro ao inquérito 3404, que tramita no Supremo Tribunal Federal e teve origem nas eleições de 2006, quando o senador foi reeleito governador na ocasião e em seguida cassado duas vezes por abuso de poder econômico nas eleições.

O inquérito 3404 tramita há quase 11 anos, e apura um esquema de compra de votos no episódio que ficou conhecido como caso Concorde ou caso do Dinheiro voador. Além de Cássio, o empresário Olavo Cruz de Lira, o Olavinho, também é investigado no inquérito que corre em segredo de Justiça.

Cássio, certamente, na live de hoje não vai reclamar da Procuradoria Geral da República, que durante 11 longos anos não concluiu o inquérito e apresentou ao STF para julgar. Quando assim o fizer, certamente, o crime já estará prescrito, e os possíveis culpados, escaparão da provável punição.

O interessante é que PGR que não conclui um inquérito em 11anos, é a mesma que já age rapidamente com os acusados na Operação Lava Jato.

Fontes: marcosweric + Fernando Caldeira