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STF investiga candidato a presidente da OAB/PB por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

O
advogado Carlos Frederico Farias chega numa condição contraditória na
disputa pela presidência da OAB/PB, Órgão que tem dentre outras
finalidades defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado
democrático de direito e pugnar pela boa aplicação das leis.
Em
entrevista concedida nesta sexta-feira a uma emissora de TV em João
Pessoa, o candidato oposicionista Paulo Maia trouxe a lume a existência
do Inquérito nº 3.205, em tramitação no Supremo Tribunal Federal
(http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4087194),
sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes, onde Carlos Frederico é
apontado como um dos beneficiários do milionário esquema montado pelo
seu irmão, atual Senador pelo PT do Rio de Janeiro, Lindberg Farias,
quando prefeito do Município de Nova Iguaçu-RJ, entre 2005 e 2010. Eles
são acusados pelo Ministério Público de formação de quadrilha e lavagem
de dinheiro.
Segundo
a investigação, que foi alvo do Habeas Corpus nº 144.457 perante o STJ e
do HC nº 112012 no STF
(http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4191691),
uma das empresas de Carlos Frederico, a Bougainville Urbanismo, teria
recebido depósitos em espécie no valor de 250 mil reais, oriundos das
propinas captadas entre empresas contratadas durante o referido
mandato. 
Quando
o processo ainda tramitava no TJ/RJ (processo nº 2008.183.0003), antes
da remessa ao STF pela prerrogativa de foro do Senador irmão do
candidato, o Desembargador Alexandre Varella afirmou que foi com base
“nos depoimentos homogêneos e ricos em detalhes” que o Tribunal
determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscal da pessoa física, das
empresas e até mesmo do seu escritório de advocacia, o Nóbrega Farias
Advogados – decisão esta que não foi reformada pelas instâncias
superiores, restando mantidas até hoje.
No
ano seguinte, a medida foi estendida pelo TJ às contas correntes,
cartões de crédito e aplicações em Bolsas de Valores dos denunciados. À
época, o Desembargador Alexandre Varella enfatizou que os extratos
bancários dão sustentação às acusações de ex-funcionários confirmadas
por testemunhas sobre a circulação na Prefeitura de pessoas mencionadas
como portadores de malas de dinheiro.
Todo
esse material se encontra reunido em 35 volumes com mais de 7 mil
páginas. A última movimentação do Inquérito nº 3205 no STF se deu na
última quarta-feira (28/10), quando o processo retornou de novas
diligências efetuadas pela Corregedoria da Polícia Federal para o
gabinete do Ministro relator.
 

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